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Dica de Livros
O Descortinar do drama da redenção
W G. Scroggie
 

 

Com Cristo na Escola de Oração
Andrew Murray
 

 

O Ministério 
do Espírito 
A. J. Gordon
 

 

Um Coração perfeito torna um homem Perfeito

Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus"(Gênesis 6:9).

 

"Perguntou ainda o Senhor a Satanás: Observaste a meu servo Jó? porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal" (Jó 1:8).

 

"E seu coração não foi perfeito para com o Senhor seu Deus como o coração de Davi, seu pai"(I Reis 11:4 e 15:3).

 

"O coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do Senhor" (I Reis 15:14).

 

Agrupamos quatro homens, sobre todos os quais as Santas Escrituras testificam que foram homens perfeitos ou que seus corações eram perfeitos diante de Deus. Sobre cada um deles as Escrituras também testificam que não foram perfeitos no sentido de im­pecabilidade absoluta. Sabemos como Noé caiu, como Jó teve de humilhar-se perante Deus, e como la­mentavelmente Davi pecou. A respeito de Asa, lemos que houve uma ocasião quando ele agiu insensatamen­te, tendo dependido dos sírios, e não do Senhor seu Deus; e quando, em sua enfermidade, buscou não ao Senhor, mas aos médicos. A despeito disso, o coração desses homens era perfeito para com o Senhor seu Deus.

 

Para compreender isso, há uma coisa que deve­mos ter em mente. O sentido do vocábulo "perfei­to," em cada caso, tem de ser julgado por aquele pe­ríodo de ensino particular a respeito de Deus, minis­trado a Seu povo. O que um pai ou um professor considera como perfeição em uma criança de dez anos, é muito diferente do que chamaria de perfeito a um jovem de vinte anos. Quanto à disposição ou espírito, a perfeição seria a mesma; em seu conteú­do, entretanto quanto às provas pelas quais isso pos­sa ser atestado, haveria grande diferença. Posterior­mente veremos como, no Velho Testamento, em rea­lidade nada foi feito perfeito e como Cristo veio a fim de revelar e pôr em prática a autêntica perfei­ção . Veremos também como a perfeição, segundo nos é revelado no Novo Testamento, é algo infinitamente mais alto, mais espiritual e eficaz, do que sob a antiga dispensação. No entanto, em suas raízes, são a mes­ma coisa. Deus olha para o coração. Um coração que é perfeito diante dEle é objeto de complacência e aprovação. A consagração total de uma vida à Sua vontade e comunhão, a vida que tem como lema, "Tu­do para Deus," mesmo quando o Espírito ainda não te­nha sido dado para habitar em seu coração, e aceito pelo Senhor como sinal do homem perfeito.

 

O ensino dessas passagens bíblicas nos sugerem uma lição muito simples, e também muito penetran­te. No registro divino sobre as vidas de Seus servos, sobre alguns deles foi escrito: "Seu coração foi per­feito para com o Senhor seu Deus." Quanto a isso, cada leitor deve perguntar: O que Deus vê e diz a meu respeito? A minha vida, aos olhos de Deus, traz as características de um coração inteiramente consa­grado à vontade e ao serviço dEle? Possuo o desejo ardente de ser tão perfeito quanto a graça me possi­bilita? Coloquemo-nos debaixo da luz penetrante des­sa pergunta. Devemos crer que com essa palavra, "perfeito," Deus tem em mente algo muito real e ver­dadeiro. Não evitemos a sua força, nem nos escondamos de seu poder condenador, apelando para o re­curso de que não entendemos perfeitamente o que isso quer dizer. Primeiramente precisamos aceitá-lo, e então entregar nossas vidas a ela, antes de poder compreendê-la. Ninguém pode insistir demasiada­mente que, nem na Igreja em geral e em seu ensino, nem na vida particular do crente, pode haver espe­rança de compreender o que seja a perfeição, enquan­to não considerar tudo como perda, com a finalidade de apreender, viver, aceitar e possuir essa perfeição.

 

Isto, porém, podemos compreender. Aquilo que faço com coração perfeito, faço-o com amor e pra­zer, voluntariamente, e com todas as minhas forças. Isso implica na firmeza de propósitos e na concen­tração de esforços que torna tudo subordinado ao objetivo único de minha escolha. Isso é o que Deus pe­de e o que Seus santos têm dado. É o que nós deve­mos dar.

 

Aquele que deseja reunir-se a mim seguindo a Palavra de Deus, no ensino da Sua vontade sobre a perfeição, deve fazer a si mesmo estas perguntas: Poderá Deus dizer a meu respeito o que declarou de Noé, Jó, Davi e de Asa, que meu coração é perfeito diante dEle? Já me entreguei totalmente a ponto de poder afirmar que nada deve haver, nada de qualquer categoria, capaz de dividir o meu coração que perten­ce a Deus e Sua vontade? O meu objetivo é ter um coração perfeito diante de Deus? É o desejo da mi­nha fé, esperança e a minha oração? Se assim não tem sido, que isso seja uma realidade a partir de hoje. Que seja sua a promessa da Palavra de Deus: "Ora, o Deus da paz... vos aperfeiçoe em todo bem" (Hebreus 13:20,21). O Deus cujo poder ultrapassa tu­do quanto pedimos ou pensamos lhe abrirá a bendita possibilidade de uma vida, da qual Ele mesmo pode­rá dizer: "Seu coração era perfeito para com o Se­nhor seu Deus."

 

Andrew Murray

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